segunda-feira, 14 de junho de 2010


2 - A CARA DE PIRACICABA


O primeiro momento de leitura e interpretação do material humano e espacial a ser trabalhado pelo Projeto Beira Rio começou com o trabalho do antropólogo urbano Arlindo Stefani, no ano de 2001. Stefani contou com a assessoria da Comissão Beira Rio (criada pelo prefeito José Machado como ligação com a sociedade civil), que o ajudou com os levantamentos, contatos com moradores, associações e com a operacionalização do que mais fosse necessário – como acesso a arquivos, passeios pelo rio, entrevistas, etc.
Deste levantamento, Stefani desenvolveu sua interpretação do município de Piracicaba, expressa em seu texto final denominado “A cara de Piracicaba”. Afirma Stefani que “a cara de Piracicaba está nas margens do Piracicaba”, entendendo que o rio e o homem compuseram na cidade um único sistema bio-cultural, traduzido e manifestado pela culinária, música, costumes, folclore e todo o repertório de imagens que Piracicaba carrega;
- o conceito de “sinergia” entre o rio e a cidade; não se deve pensar em Piracicaba como um sistema hierarquizado, onde o homem é o detentor do comando, agindo como um superior, mas sim como um sistema vivo, onde atuam forças de um conjunto de relações e comunicações;
- a busca de um “estado de arte em relação ao rio e suas beiras”, conceito derivado do anterior e que significa uma forma de desenvolvimento diferente da que vem sendo praticada. Desta forma, coloca-se no Projeto Beira Rio o Desenvolvimento Sustentável como uma premissa fundamental – “trabalhar com o rio e não mais contra ele. O rio e a cidade fazem parte de um mesmo sistema coerente. O rio não é submetido à cidade, esta não é submetida ao rio. Ambos se colocam em relação de sinergia para a revitalização mútua”;
- o conceito de participação popular, segundo o qual o habitante dos mais diversos pontos da cidade participa do processo público que lhe diz respeito, de sua concepção à realização, de acordo com a modalidade empregada – Conselhos Comunitários, Orçamentos Participativos, Associações, Ongs, etc.
Arlindo Stefani realizou também uma interpretação da história de Piracicaba como até então não havia sido feita. Ele a dividiu em tempos representativos dos habitantes e suas respectivas relações sociais e espaciais.
Assim, há o tempo dos índios, do branco caipira, do negro escravo, do imigrante europeu e o tempo atual. Cada um destes tempos relaciona-se com determinado espaço físico na cidade, configurando uma relação intrínseca com o rio Piracicaba – são os chamados “centros do mundo”. Assim, detectou Stefani os momentos-chave da história da cidade, como seus ciclos agrícolas, imigrações e industrialização.






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3 - PLANO DE AÇÃO ESTRUTURADOR - PAE






A elaboração do Plano de Ação Estruturador (PAE) foi a segunda fase do Projeto Beira-Rio. O Plano de Ação fornece os subsídios conceituais para o estabelecimento de um almejado processo de desenvolvimento de diretrizes para projetos e políticas em todo o território municipal, tendo como foco o rio e suas relações com a cidade; recupera o princípio da sustentabilidade lançado pelo diagnóstico “A cara de Piracicaba” por meio da aplicação de conceitos do Planejamento Ambiental e do Desenho Ambiental, tendo a idéia do rio como eixo de desenvolvimento sustentável para Piracicaba.

Os conceitos trabalhados pelo PAE relevam os espaços identitários da cidade em função de suas importâncias e potencialidades na construção de uma noção de pertencimento ao sistema biológico, antrópico e cultural formado por rio e cidade. Alguns conceitos, por exemplo, são os de corredor eco-social (sistema de circulação correspondente aos fundos de vales e conectado à calha do rio) e os de primeiro, segundo e terceiro leitos (respectivamente, a calha natural do rio em sua maior parte do ano, a calha do rio em períodos de enchentes e a calha do rio “cênico”, que se oferece em visuais significativas para a cidade, muitas vezes através de imagens fortemente identitárias).
O patrimônio cultural é entendido no Plano de Ação Estruturador como a apreensão pelo cidadão dos patrimônios naturais (o salto do rio, a pedreira do Bongue, o Paredão Vermelho, as matas urbanas do Engenho e da Chácara Nazareth) e os patrimônios construídos (o Engenho Central, a “Casa do Povoador”, a Fábrica Boyes, Monte Alegre, a Rua do Porto etc).

A aplicação destes conceitos resulta em premissas do PAE fundamentadas em programas de educação ambiental e capacitação para a indústria do turismo e do ecoturismo – as quais, pos suas intrínsecas propriedades de preservação do patrimônio cultural associadas à inserção social e geração de renda devem ter fomento planejado pelo poder público. Para tanto o PAE preconiza a elaboração de um zoneamento ecológico-econômico do município como a base deste processo, em direção a um novo paradigma de ocupação antrópica no meio físico.









(foto vista superior de Piracicaba)














(Nova ponte sobre Rio Piracicaba)








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4 - PROPOSTAS URBANAS (TRECHOS) - PAE


Na escala urbana o PAE propõe a proteção da faixa marginal do rio Piracicaba, em
toda a sua extensão dentro do perímetro urbano da cidade de Piracicaba.

O PAE abarca os três leitos do rio:

1º - A cota do curso médio do rio no correr do ano.

2º - A cota das grandes enchentes (as quais chegam a atingir os quarteirões históricos
da Av. Beira Rio e Rua do Porto).

3º - A faixa que atinge a altura dos primeiros terraços a cavaleiro do rio, de onde se contempla o rio
Piracicaba enquanto rio cênico

Tendo levado em conta todas estas considerações, foram estabelecidos quais seriam os oito trechos:

1) Beira-Rio Central



Localizado na área central do perímetro urbano, detentora de rico e variado patrimônio arquitetônico, histórico, paisagístico, geológico – enfim, cultural.
• Tratamento da margem como espaço público e acessível ao pedestre;• Constituição de eixos de ligação transversais entre o centro da cidade e a orla do rio e entre as duas margens;• Constituição de ligações longitudinais em ambas as margens; • Transformação da Avenida Beira Rio em rua de mão única para alargamento das calçadas;• Conexão entre o Largo dos Pescadores e a “Casa do Povoador” por meio da nova situação de passeios públicos; elevação do nível do leito viário ao da calçada, “ampliando” o Largo dos Pescadores, associado a elementos moderadores de tráfego e sonorizadores;• Instalação de dispositivos moderadores de tráfego e sonorizadores nos cruzamentos do viário com os eixos transversais definidos;• Estudos de viabilidade de percursos de bonde turístico em integração ao circuito de bonde; percurso de transporte coletivo alternativo, preferencialmente não-poluente; desenvolvimento de programa de recuperação e conservação do patrimônio histórico e arquitetônico existente no trecho.


2) Lar dos Velhinhos

Trecho situado entre as pontes do Mirante e do Lar dos Velhinhos, no qual a adequação de calçadas e trilhas bastante próximos ao corpo d’água, com trechos já reconstituídos de mata ciliar com vegetação nativa.



3) Bongue



Premissa fundamental do PAE é a conservação do patrimônio natural conectada à preservação do meio ambiente, o fomento ao turismo e à educação ambiental. Nesta escala urbana do Projeto Beira-Rio, a pedreira do Bongue é considerada um dos patrimônios a serem preservados, por ser um testemunho geológico da formação da região.
• Conservação: a não-duplicação da estrada do Bongue associada a estudos para o escoamento do tráfego por corredores alternativos;• Manutenção dos corredores visuais com foco na pedreira;• Tratamento como monumento geológico por meio de iluminação cênica;• Fomento ao ensino e turismo por meio de visitação monitorada e didática;• Fomento a programas de educação ambiental e capacitação de guias turísticos em vistas à inserção social

4) Corredor Ecossocial



O chamado “Corredor Ecossocial” compreende as avenidas Armando de Salles Oliveira, Dr. Paulo de Moraes, Juscelino Kubitschek e Francisco de Souza. Através do Corredor Ecossocial, o cidadão circula pela cidade em contato com faixas verdes conectadas ao ecossistema principal correspondente à calha do rio Piracicaba. Como diretriz, o adensamento da arborização urbana das avenidas e seus entornos imediatos em função deste conceito.



5) Corumbataí



O rio Corumbataí é o maior afluente do Piracicaba e fonte de abastecimento de água da cidade. A este trecho O PAE estabelece premissas de:
• Conservação da paisagem por meio da recuperação da mata.• Parcerias com outros municípios, universidades ou entidades (ONGs, consórcios) para sua recuperação ambiental.• Recuperação dos afluentes.



6) ESALQ/USP



A Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo (ESALQ/USP) é um centro de ensino, pesquisa e produção de conhecimento de nível nacional internacional; compreende uma porção significativa do território de Piracicaba.
•Maior proximidade com as margens do rio, atualmente inacessível em muitos trechos;•Maior proximidade com a população por meio de estímulo a parcerias com o Poder Público no desenvolvimento de programas de educação ambiental

7) Monte Alegre



Monte Alegre é um antigo bairro operário de usina de açúcar e álcool e um rico patrimônio cultural da cidade. Tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (Codepac), é atualmente propriedade particular e assim deve ser considerado para efeito do desenvolvimento de intervenções futuras, à luz da preservação do patrimônio e do fomento ao turismo.
8) Pedreira do MoratoÁrea compreendida pelo bairro do Morato e a calha do ribeirão do Enxofre, hoje ainda área de extração, com explosões regulares e muito próximo à áreas residenciais. Deverá receber plano de manejo para requalificação ambiental.










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5 - ADEQUAÇÃO AMBIENTAL E PAISAGÍSTICA



O Projeto Beira-Rio possui um plano de manejo da vegetação relacionada à sua área de intervenção dentro do perímetro urbano, com foco no trecho entre as pontes do Mirante e do Morato, na região central da cidade. Trata-se da “Proposta de adequação ambiental e paisagística do trecho urbano do rio Piracicaba e entorno”, produzida pelo Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal, do Departamento de Ciências Biológicas da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (LERF-ESALQ/USP) e ESALQ Florestal Júnior, em conjunção ao desenvolvimento do projeto de arquitetura da requalificação da Rua do Porto - primeira intervenção do Projeto Beira-Rio. Esta proposta, aprovada e licenciada pelo Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais (DEPRN), divide-se em três dimensões sucessivas:

• contextualização regional da vegetação no trecho urbano considerado, com diretrizes para a restauração da mata ciliar do córrego do Enxofre e para a formação de corredores, de ilhas de diversidade vegetal e de interligações para os remanescentes florestais da região;

• restauração florestal de um trecho da margem direita, no Engenho Central, que serve de fundo para a primeira intervenção do Projeto Beira-Rio – requalificação da Rua do Porto, na margem esquerda;

• restauração florestal e o paisagismo da área da requalificação da Rua do Porto.


Para esta última dimensão, a equipe da ESALQ/USP produziu um censo das espécies vegetais existentes em toda a Rua do Porto; com o censo foi produzido um diagnóstico para o quadro levantado, a partir do qual foram elaboradas as ações necessárias para o projeto de adequação paisagística. Estas ações foram, então, conjugadas às diretrizes arquitetônicas e paisagísticas para a requalificação da Rua do Porto, elaborada pelo Projeto Beira-Rio.


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6 – ETAPAS




1º: Requalificação da Rua do Porto







A primeira intervenção do Projeto Beira-Rio na orla urbana do Piracicaba é a requalificação da Rua do Porto, uma das mais emblemáticas áreas da cidade, concentradora das memórias da pesca e das olarias, do folclore do Divino Espírito Santo e de um lazer gastronômico em expansão. Com aproximadamente 800 metros lineares, a área situa-se no primeiro trecho de desenvolvimento de projetos definidos pelo Plano de Ação Estruturador-PAE, situado entre as pontes do Mirante e do Morato, na margem esquerda do rio Piracicaba.As intervenções da requalificação da Rua do Porto sintetizam as aspirações levantadas pelo diagnóstico “A cara de Piracicaba” e desenvolvidas pelo PAE: o tratamento da margem como espaço público, a prevalência do pedestre no espaço da cidade, a recuperação do patrimônio histórico e a recomposição da vegetação ciliar.
A intervenção definiu-se basicamente por:
implantação de trilha permeável para pedestre na margem; o nível da trilha foi definido a partir de levantamento de vazões do rio Piracicaba nos últimos 35 anos, que indicou cota atingida pelas águas em 1% dos dias de todo aquele período;
novo desenho e pavimento do Calçadão;
construção de novos deques em substituição aos antigos, irregulares e com distintos padrões construtivos e de segurança; os novos deques, em madeira reflorestada e tanalizada, são assentados sobre pequenos arrimos com superfície em brita e são utilizados pelos restaurantes permissionários;
recomposição da vegetação ciliar a partir de estudo desenvolvido pelo Laboratório de Ecologia e Restauração Florestal da ESALQ-USP (LERF/ESALQ-USP); foram plantadas 482 novas árvores na Rua do Porto, nativas em sua maioria; o projeto de paisagismo teve neste estudo um norteador importante e definiu espécies de valor cênico e monumental, como as palmeiras nas extremidades do Calçadão, as quais remetem às palmeiras;
restauração das três chaminés remanescentes das antigas olarias;
melhorias na infra-estrutura de drenagem de águas pluviais;
regularização e definição de vagas de estacionamento em nova área com piso permeável em brita e plantio modulado de árvores.
As obras tiveram patrocínio da Petrobrás, num total de R$ 4 milhões, montante que foi recebido e administrado pela ONG Piracicaba 2010, por meio de parceria com a Prefeitura do Município. A Rua do Porto requalificada foi inaugurada em dezembro de 2004.















2º: Trecho Largo dos Pescadores





A segunda etapa de intervenção do Projeto Beira-Rio corresponde ao trecho da avenida Beira Rio entre a rua São José e o Calçadão da Rua do Porto. Trata-se aqui, na realidade, da continuidade do desenvolvimento de projetos localizados em ambas as margens do rio entre as pontes do Mirante e do Morato, cujas diretrizes, elaboradas à luz do Plano de Ação Estruturador e do diagnóstico “A cara de Piracicaba”, conformam o denominado “Trecho 1 - Beira-Rio/Central” - o primeiro de oito trechos na orla urbana do Piracicaba definidos pelo PAE para desenvolvimentos futuros.





As intervenções desta etapa, cujas obras foram inauguradas em 2008, foram pensadas visando concretizar conceitos já expressos na etapa anterior, tais como:








prevalência do pedestre no espaço urbano;




tratamento da margem como espaço público acessível;





potencialização dos usos consolidados;




Estes conceitos traduziram-se na ampliação e melhoria dos passeios públicos, permitida pelo alargamento das calçadas e do Largo dos Pescadores, por meio da redução da área asfaltada e transformação da Avenida Beira Rio em via de mão única de direção; na eliminação das muretas que cerceavam o acesso à margem do rio e na construção de guias rebaixadas facilitando a acessibilidade. Também faz parte da tradução destes conceitos a remodelação do Largo dos Pescadores, palco fundamental da história e das manifestações folclóricas, festivas e religiosas de Piracicaba, que ganhou espaço ampliado e novo piso, através de passagens em nível para as calçadas opostas e a remodelação da rampa de barcos.
As obras tiveram patrocínio da Petrobrás, num total de R$ 2 milhões com contrapartida de R$575mil da Prefeitura. A idealização e realização foi da Prefeitura e a gestão financeira da Oscip Piracicaba 2010 – Realizando o Futuro.


















3º: Trecho Largo dos Pescadores





A terceira etapa de intervenção do Projeto Beira-Rio corresponde ao trecho da Avenida Beira Rio entre a Casa do Povoador e a Rua Luiz de Queiroz. Esta etapa estrutura-se sobre os mesmos princípios que nortearam as intervenções anteriores, elaboradas à luz do Plano de Ação Estruturador e do diagnóstico “A cara de Piracicaba”.






Novamente aqui, as intervenções darão continuidade ao desenvolvimento de projetos localizados em ambas as margens do rio entre as pontes do Mirante e do Morato, cujas diretrizes, elaboradas à luz do Plano de Ação Estruturador e do diagnóstico “A cara de Piracicaba”, conformam o denominado “Trecho 1 - Beira-Rio/Central” - o primeiro de oito trechos na orla urbana do Piracicaba definidos pelo PAE para desenvolvimentos futuros.
Nesta Etapa, que já teve concluído seu projeto executivo, as obras compreenderão a transformação da Avenida Beira Rio em via de mão única de direção – com trânsito sentido Ponte do Mirante-Morato -, permitindo o alargamento das calçadas; intervenção paisagística com plantio de espécies nativas; demolição do muro de arrimo e a retirada do aterro que encobrem a Casa do Povoador, permitindo a execução de um largo em frente a esse local. A totalidade deste trecho continua a seguir as premissas do Projeto, como prevalência do pedestre, recuperação dos patrimônios naturais e construídos, a manutenção dos usos consolidados, o dado cultural como elemento definidor.








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7 – PROJETO START






Conceituação



O Projeto Start constitui-se na ação de implementação pioneira do PAE, e está centrado na Rua do Porto, pois é lá que a cidade guarda o “arquétipo: comércio do peixe vindo do rio ainda está presente” devendo ter início em 2003 e término em 2004, ao qual se seguirão os demais Projetos. Assim, a área de intervenção do Projeto Start fica definida na área compreendida entre a Av. Alidor Pecorari e a margem esquerda do rio Piracicaba, tendo como eixo de referência a Rua do Porto, a qual se define entre o final da Av. Beira Rio e a Ponte do Morato.

O Projeto Start tem como Princípios:




- Ordenação da Calçada e dos usos da Rua do Porto;
- Apropriação da margem pelo pescador, caminhante e barqueiro;
- Integração do Setor da Rua do Porto com o Parque Beira Rio, o Paço Municipal e o tecido urbano do centro de Piracicaba;
- Possibilitar o diálogo da Rua do Porto com a faixa direita do PAE;
- Possibilitar o início da apreciação da Cidade de Piracicaba através do eixo do rio.



Propostas
PAE-Projeto Start
A Calçada Beira Rio




O Projeto Start dará novo desenho e revestimento aos arrimos e calçamento da Rua do Porto, contando com posteamento e infraestrutura de drenagem, iluminação e demais cabeamentos. Contará também com dispositivos de comunicação visual de orientação urbana e
29 STEFANI, op. Cit. P.15. turística, além de mobiliário urbano, condizentes com a importância
desta obra.




Visão Navegante: a Reconstrução da Borda e o Porto

O Projeto Start, tendo como premissa a ativação da navegação ao longo do rio Piracicaba e a apreciação da paisagem urbana a partir do rio criou, ao longo da Calçada da Rua do Porto, mais três faixas de apropriação do rio pelo cidadão que consistem em: primeira faixa – todo um conjunto de decks alinhados ao longo do calçadão formando esse conjunto um belvedere da margem esquerda do rio; segunda faixa - uma trilha rebaixada de apoio ao pescador e favorável a um contacto mais próximo à linha d’água; a terceira faixa consiste nos decks de atracamento das embarcações reativando assim a função do porto.




A Balsa




A Balsa – em continuidade ao Eixo dos Artistas haverá uma travessia de balsa unindo os dois lados do rio entre a Calçada da Rua do Porto e a área do Engenho Central e o marco da mudança de margem possibilitando, o surgimento de mais uma “ponte” de pedestres lúdica e turística além da já existente passarela pênsil.




Os Portais e a Praça




A calçada da Rua do Porto apresenta dois portais simbólicos importantes, um do lado leste junto à Av. Beira Rio e outro a oeste junto à ponte do Morato, dando-lhe referência de portas de entrada no sentido longitudinal e uma grande praça junto ao Casarão do Turismo, dilatando o eixo do calçadão numa grande esplanada.




As travessias




O Projeto Start apresenta três pontos de travessia ao longo da Av. Alidor Pecorari com redutores de velocidade de suma importância para a segurança do pedestre e conexão com o Parque da Rua do Porto e a Av. Antonio Corrêa Barbosa. São eles:

1- a travessia do Eixo dos Artistas - Balsa;
2- Eixo Chácara Nazaré e
3- Eixo do Centro Cívico (PaçoMunicipal). Estas travessias representam fortes vetores de acessibilidade da trama urbana à área do Projeto Start, insuflando-lhe vida e personificando-a, mais do que já é, como área mor de atração turística e de lazer. (Ver Fig.9).




Revitalização do Campo de Futebol




O esporte é contemplado no Projeto Start com a relocação do campo de futebol existente, que permitiu o surgimento de um estacionamento com cerca de 150 vagas, duas arquibancadas, vestiários e sanitários públicos, estes últimos dando apoio não somente às atividades esportivas do referido espaço como também às demais atividades da Rua do Porto.





































































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